sexta-feira, 1 de julho de 2011

Contribuição mais influente


Embora as explicações entre matéria e forma não sejam consistente, é evidente que por “substância simples” ele nunca entende algo como indivisível destituído de toda composição.
Aavicebron, sua contribuição mais original e influente na filosofia é de fato seu hilo morfismo, de acordo com o qual todas as substâncias são compostas de matéria e forma, sendo a matéria e forma, sendo a matéria hierarquicamente ordenada da mais alta matéria espiritual geral á mais baixa matéria prima. Avicebron desenvolve um sistema original sistema hierárquico neoplatônico do ser, que é inconsutilmente unificado, limitado pelo de ser de Deus em seu ápice e pelo da matéria-prima em seu nadir.  Nas duas explicações colocadas pelo Avicebron para a criação ela é atemporal. Em uma explicação a matéria se origina da essência de Deus, enquanto a forma origina-se da vontade divina; na outra, matéria e forma originam-se da vontade divina.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Avicebron e a Filosofia Medieval Judaica

Como já foi bastante dito na leitura adotada pela disciplina História da Filosofia Medieval (MacGrade. A. S. Filosofia Medieval, Ed. Idéias & Letras, 2008), os leitores contemporâneos, na sua maioria, são alheios à filosofia medieval. E quando se trata de filosofia medieval judaica, chega a ser estranho. Mas apesar de toda estranhesa, é indispensável o reconhecimento da sua profundidade e complexidade filosófica.
A filosofia judaica se desenvolveu na Idade Média sob influência dos árabes, sobretudo na Espanha. Também os séculos XI e XII são os de maior florecimento. O caráter geral da filosofia judaica é semelhante ao da árabe, da qual, na verdade, procede, com contribuições neoplatônicas e místicas da Cabala. Como os muçulmanos, os judeus procuram elaborar uma escolástica hebraica.
Entre os pensadores hebreus espanhóis mais importantes encontra-se Avicebron. AVICEBRON, AVENCEBROL ou ABENGABIROL. São os diversos nomes dados desde a Idade Média ao filósofo, teólogo, gramático e poeta de linhagem judia (Selomó ben Yehuda Abu Ayyub ibn Gabirol) (ca. 1020- 1059, embora segundo alguns tenha falecido em 1070) que nasceu em Málaga, de família cordobesa, e se formou em Saragoça. Viveu portanto na primeira metade do séc. XI e ficou muito conhecido entre os cristãos por sua obra A fonte da vida, escrita em árabe com o título de Yanbu’ al-Hayya,resumida em hebraico por Sem Tob ibn Falaquera (século XIII) com o título de Meqor Hayyim ou Mekor Hayim e traduzida para o latim (Fons Vitae) por João Hispano e Domingos Gundissalino.
O Mekor Hayim  reflete a educação de seu autor na rica cultura intelectual, filosófica, científica e literária judeo-árabe da Espanha Islâmica em seu auge. A fonte da vida fazia parte de um sistema filosófico-teológico completo ao qual pertenciam outros escritos – perdidos – sobre o ser e sobre a vontade. Trata-se de um diálogo entre mestre e discípulo, dividido em cinco partes, no decorrer das quais é discutido o problema da composição das substâncias simples e da existência da matéria e forma universais. As teses mais características de Avicebron nessa obra são:
1-   A teoria da universalidade da matéria;
2-   A teoria da Vontade como fonte de vida, primeira emanação de Deus e força impulsora do universo.
<<Em uma próxima postagem desenvolveremos as duas teses de Avicebron.>>

Referencias Bibliográficas.
MACGRADE. A. S. (org). WENSTEIN, Idit Dobbs. Filosofia Judaica in___ Filosofia Medieval. São Paulo, Ed. Idéias & Letras, 2008, p 157- 158.
MARÍAS. J. História da Filosofia. São Paulo, Ed. Martins Fontes, 2004, p 168-169.
MORA. J. F. Dicionário de Filosofia de A a D. São Paulo, Ed. Loyola, 2004.